Meu caro amigo desta viagem. Construíste um refúgio para levar a vida de uma térmita, protegido da luz solar, fechado nos teus rígidos e tristes rituais. Mesmo que te enlouqueçam, esses rituais tornaram-se num escudo contra os ventos, as ondas, contra as estrelas e os sentimentos. Todos os dias lutas para esquecer a tua condição humana. A argila de que foste moldado secou e endureceu. Ninguém jamais encontrará o astrónomo, músico, altruísta, poeta ou humano que algum dia teria existido em ti.
— Adam Miauczynski, Dzien swira (2002)